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2.) O TDAH

 
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma síndrome caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade causando prejuízos a si mesmo e aos outros em pelo menos 2 contextos diferentes (geralmente em casa e na escola/trabalho). Entre 3% e 6% das crianças em fase escolar foram diagnosticadas com este transtorno. Entre 30 a 50% dos casos persistem até a idade adulta. Sua causa, o diagnóstico, sua utilização para justificar mau desempenho acadêmico e o grande número de tratamentos desnecessários com anfetaminas geram polêmica desde a década de 70. Na Classificação Internacional de Doenças da OMS mais recente (CID-10) é classificado como um Transtorno Hipercinético.

O Transtorno Hipercinético faz parte de um grupo de transtornos caracterizados por início precoce (habitualmente durante os cinco primeiros anos de vida), falta de perseverança nas atividades que exigem um envolvimento cognitivo, e uma tendência a passar de uma atividade a outra sem acabar nenhuma, associadas a uma atividade global desorganizada, incoordenada e excessiva. Os transtornos podem se acompanhar de outras anomalias. As crianças hipercinéticas são freqüentemente imprudentes e impulsivas, sujeitas a acidentes e incorrem em problemas disciplinares mais por infrações não premeditadas de regras que por desafio deliberado. Suas relações com os adultos são freqüentemente marcadas por uma ausência de inibição social, com falta de cautela e reserva normais. São impopulares com as outras crianças e podem se tornar isoladas socialmente. Estes transtornos se acompanham freqüentemente de um déficit cognitivo e de um retardo específico do desenvolvimento da motricidade e da linguagem. As complicações secundárias incluem um comportamento dissocial e uma perda de auto-estima.

O TDAH - Déficit de Atenção é uma condição de base orgânica, que tem por principais características dificuldades em manter o foco da atenção, controle da impulsividade e a agitação - que é a hiperatividade. É também chamado de DDA, THDA, TDAHI, entre outras siglas.

Todas estas siglas fazem referência ao problema da atenção. DDA significa Distúrbio de Déficit de Atenção. Como esta condição pode vir acompanhada de outros elementos, as siglas variam de acordo. Em inglês, os termos mais comuns são ADD and ADDH - Attention Deficit Disorder with Hiperactivity.

O que significa “base orgânica”? Significa que, nos portadores do TDAH, há uma estrutura cerebral que não “trabalha” como seria esperado. Esta estrutura é chamada de lobo pré-frontal - é uma área do córtex cerebral localizada na parte da frente da cabeça, entre a testa e o meio do crânio. Esta área é formada por milhões de células cerebrais, chamadas neurônios. Quando o córtex pré-frontal tem seu funcionamento comprometido, a pessoa passa a enfrentar muitas dificuldades, entre elas problemas com concentração, memória, hiperatividade e impulsividade.

A característica mais comum dos casos típicos de TDAH é a hipofunção do córtex pré-frontal. Hipofunção significa que uma quantidade grande de neurônios desta região pulsam mais devagar que o esperado. Mais sobre córtex pré-frontal e padrões de funcionamento de neurônios.

Um dos componentes mais conhecidos do TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção é a hiperatividade. Ela pode afetar crianças, adolescentes e até mesmo alguns adultos.

A hiperatividade pode ocorrer em diferentes graus de intensidade, com sintomas variando entre leves a graves. A depender da gravidade destes sintomas, a hiperatividade pode comprometer o desenvolvimento e a expressão lingüística, a memória e habilidades motoras.

A criança hiperativa mostra um grau de atividade maior que outras crianças da mesma faixa etária. Ou seja, há um grau usual de atividade motora que é padrão em crianças - que não é hiperatividade patológica.

A diferença é que a criança hiperativa mostra um excesso de comportamentos, em relação às outras crianças, mostrando também dificuldade em manter a atenção concentrada, impulsividade. A criança hiperativa é um desafio para seus pais, familiares e professores.

É importante que as causas da hiperatividade sejam identificadas de forma correta. A falta de um bom diagnóstico diferencial pode levar a tratamentos inadequados. Nem todas as formas de hiperatividade tem relação com déficit de atenção. Outras causas possíveis são alterações metabólicas e hormonais, intoxicação por chumbo, complicações no parto, abuso de substâncias durante a gestação, entre outras. Problemas situacionais, como crises familiares (luto, separação dos pais e outras mudanças) podem ser traumáticas para crianças e levarem a um quadro de hiperatividade reativa.

Todas estas possíveis causas devem ser investigadas antes de iniciar o tratamento da hiperatividade. Um especialista em comportamento infantil pode ajudar a distinguir entre a criança normalmente ativa e enérgica e a criança realmente hiperativa. As crianças até mesmo as menores podem correr, brincar e agitar-se felizes durante horas sem cochilar, dormir ou demonstrar qualquer cansaço. Para garantir que a criança realmente hiperativa seja tratada adequadamente - e evitar tratar erroneamente uma criança normal - é importante que a criança receba um diagnóstico preciso.